segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Um poema de Carmen Silvia Presotto


Porque chove
Tudo é água
que empoça e embacia
Tudo é lágrima
que sublima, condensa e lava

Porque choro
Chovo mais que o céu
Transbordo-me
Parto palavras como se ossos se liquifizessem

Porque chove
versejo em gotas de ilusão
Espanto as horas mormacentas
Granito janelas na rua

Porque chove
Salpico meus pesadelos
Nessas vidráguas, encontro a poeta
Brindamos vidro com água
Uma de nós ganha a liberdade.


* Poema enviado pela poeta Carmen Silvia Presotto, sua autora; Carmen além de exímia poeta é também mantenedora do espaço Vidráguas.


.