domingo, 17 de março de 2013

Dois poemas de Rodrigo de Souza Leão




girassóis

vulva amarela inquieta em frenesi
sem penisculoso músculo de fogo

um coração amarelo cheio de plumas
cardadas de excitação etérea

silêncio fecundando as paredes
amargos lábios que eu beijo de língua


para navegar em silêncio

cardumes de silêncio
navegam linearmente
entre as minas d'água

lá iam nossos peixes
quando um toque
provocou a explosão

você me falou morte
perdida em detalhes
feito explodir: gritou

gritar, não dizer nada
melhor se dar a outra
de outra forma minada