O homem que me modela
essas horas indeléveis
tem vitras em vez de olhos.
Permeando a luz de si
em torrentes multicores,
seu olhar é o que me chama.
Retiro-me em suas ilhas,
sedenta do sal, da água,
da lágrima mais secreta.
E o homem que se descobre
a si mesmo, aos olhos meus,
tem a dor que me consome.
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SIBELLI, Kalliane. Exercício de silêncio. Mossoró: Queima-Bucha, 2006.
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