Vê-lo por todos os lados
como se fosse uma galáxia
sobre a mesa ou a lapela,
refulgindo branco ou gris
em sua intromissão ao
polido, ao virginal, contra
o lado ideal que tenta
narrar tudo sobre a vida.
O cisco: projetar-lhe arcos
triunfais e Boileaus
convidar para solenes
comporem-lhe elogios,
e entregar-lhe o Leão de Ouro,
o Oscar e, pour quoi pas?,
também
o estimado
Jabuti.
Tudo isto feito, olvidá-lo:
um cisco é um cisco é um cisco,
apenas
um
cisco.
(São Paulo, 24.VIII.99)
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Publicado inicialmente na Revista Germina Literatura