sábado, 5 de fevereiro de 2011




Me passa a máscara: vou desfilar
De plebe; a rica escória do salão,
Em paetês e plumas de pavão,
Não há de me tomar por um de lá!

Maus modos e o baixíssimo calão
Me passa, eu vou vestir-me de gentalha!
Renego cada sílaba que saia
Da boca de um janota de plantão.

Assim, eu vou pulando o carnaval
Em meio a reis, valetes e rainhas,
Cumprimentando apenas o arlequim.

E todos seguem me lascando o pau.
Mas só retiro a máscara do rosto,
Quando acabar a farsa de mau gosto.


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Poema publicado no Portal Cronópios.