EM QUE ME APOIAR?
Em que me apoiar?
Na quadratura do zero, no triângulo do desejo, nas pirâmides de ar ou
nas tendas da história? Nos ventos que se evaporam dos cemitérios ou num pombo
faminto? Tem a flor afinal um gargalo oco? Não é a mariposa o mesmo que uma
chama?
Devo perguntar como acabará este mundo ou como começou este inferno?
Como fazer-me amigo dos lobos, matar esta humanidade encolhida entre
minhas garras.
Meu ponto de vista ajustado à minha visão, e esta a aquele,
acompanham-no em seu país ao perfume de uma rosa morta.
As feridas umedecem o vestido de um céu pobre que aprende a contar
conosco:
O pássaro está passando
A jaula não tem fim.
O sol ama os caminhos dos maias.
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