PROVA
Queria que tudo fosse livre de mim,
Nunca matar os
dias com suposições,
Nunca sentir que eles sofrem imposições
De serem isto e
não aquilo.
É fácil, sim, Mutilar o momento, aleijá-lo
Com expectativas,
forçá-lo a definir-se
A si mesmo. Além de tudo que sou, o sol
Espalha seus
raios como se por acaso.
A raposa come o próprio pé na armadilha
Para
livrar-se. Enquanto manca pela relva,
É a terra que parece sangrar.
Quando
chega, então, a luz do dia,
Quem sabe da dor que a noite leva?
De prova é que
não vou precisar.
* Tradução de Marcelo Tápia
Nenhum comentário:
Postar um comentário