O ENCONTRO
Hoje virás
até mim.
Hoje enfim compreenderei
por que é
tão triste e estranha
a solidão com
a lua.
Pálida
deterás
e em silêncio
te despirás.
Não é assim como
a lua
se levanta sobre
o espesso bosque?
Enfeitiçado
pela lua,
preso a ti,
serei feliz com
minha vida,
as trevas e
o silêncio.
Assim a
besta das selvas tristes
ao sentir a
primavera
escuta o
sussurro das horas
e ver passar
a lua.
Cautelosa se
desliza no barranco
a despertar
os sonhos da noite
e seu passo
ágil se desenvolve
com os
passos da lua.
Como ela
quero calar-me,
olhar e
prostrar,
guardando
solene silêncio,
teu silêncio,
oh, Noite!
E haverá
muitas luas claras
em mim e ao
meu redor;
pálida costa
de dunas
se abrirá chamando-me.
O mar ver e
rumoroso
me trará as
trevas
corais,
flores e pérolas,
dons de
terras distantes.
E o alento
de mil seres
desvanecidos
há muito tempo,
e o sonho
obscuro das coisas mudas,
e o
estrelado vinho.
Partirás e
escutarei
o último cato
da lua
e verei de
novo como surge o dia
sobre a calma
das dunas pálidas.
* Tradução de Ricardo Paz.
* Tradução de Ricardo Paz.
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