UMA OBSCURA
PRADARIA ME CONVIDA
Uma obscura
pradaria me convida,
seus mantos
estáveis e cingidos,
giram em
mim, em meu balcão adormecem.
Dominam sua
extensão, sua indefinida
cúpula de
alabastro se recria.
Sobre as
águas do espelho,
breve a voz
em meio a cem caminhos,
minha
memória prepara sua surpresa:
o gamo no
céu, rocio, labareda.
Sem sentir
que me chamam
penetro na
pradaria devagar,
ufano em
novo labirinto derretido.
Ali se vêem,
ilustres restos,
cem cabeças,
cornetas, mil alaridos
abrem seu
céu, seu girassol calando.
Estranha a
surpresa neste céu,
onde sem
querer voltam pisadas
e soam as
vozes em seu centro enchido.
Uma obscura
pradaria vai passando.
Entre os
dois, vento ou fino papel,
o vento,
ferido vento desta morte
mágica, una
e despedida.
Um pássaro e
outro já não tremem.
* Tradução de Alai Garcia
Diniz e Luizete Guimarães Barros
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