AUTOBIOGRAPHIA
LITERARIA
Quando eu
era criança
eu brincava sozinho
canto do pátio da escola
totalmente solitário.
eu brincava sozinho
canto do pátio da escola
totalmente solitário.
Eu detestava
bonecos e eu
detestava jogos, os animais não eram
amigáveis e os pássaros
saíam voando.
detestava jogos, os animais não eram
amigáveis e os pássaros
saíam voando.
Se alguém
ficasse olhando
para mim eu me escondia atrás
de uma árvore e berrava “eu sou
um órfão.”
para mim eu me escondia atrás
de uma árvore e berrava “eu sou
um órfão.”
E aqui estou
eu, o
centro de toda a beleza!
escrevendo estes poemas!
Imaginem!
centro de toda a beleza!
escrevendo estes poemas!
Imaginem!
POEMA
Café
instantâneo com um pouco de creme
azedo, e uma chamada telefônica mais além
a qual não parece estar ficando nem um pouco mais próxima.
“Ah, papai, eu quero me embebedar por muitos dias”
na poesia de um novo amigo
minha vida se segura precariamente em ver
as mãos dos outros, as deles e as minhas impossibilidades.
Será isso é amor, agora que o primeiro amor
finalmente morreu, lá onde não existiam impossibilidades?
azedo, e uma chamada telefônica mais além
a qual não parece estar ficando nem um pouco mais próxima.
“Ah, papai, eu quero me embebedar por muitos dias”
na poesia de um novo amigo
minha vida se segura precariamente em ver
as mãos dos outros, as deles e as minhas impossibilidades.
Será isso é amor, agora que o primeiro amor
finalmente morreu, lá onde não existiam impossibilidades?
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Frank O’hara
nasceu em Baltimore em 27 de março de 1926. Poeta, crítico e dramaturgo, formou
o grupo fundador da chamada Escola de Nova York juntamente com John Ashbery e
Kenneth Koch. Ocupou o cargo de curadoria do Museu de Arte Moderna de Nova York
nos anos 1960. Publicou entre outros, A
City Winter and Other Poems (1951), Oranges: 12 Pastorals(1969), Lunch Poems (1964) e Love Poems (Tentative Title) (1965). Morreu em Long Island em 25 de julho de
1966.
* Traduções de André Caramuru Albert.
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