fontes mortas de Versailles.” Não há cisne,
de olhar cego bistre oblíquo
e pernas gondoleantes, tão lindo
quanto o de louça com chintz,
de olhos cor de corça e coleira
de ouro denteada a indicar de quem foi.
Luís XV, com botões de matiz de
crista-de-galo, com dálias,
ouriços-do-mar e sempre-vivas,
no mar de ramalhetes de
polidas e esculpidas flores
ele pousa – livre e altivo. O rei é morto.
•
Marianne Moore nasceu a 15 de
novembro de 1887, em Kirkwood, Missouri, Estados Unidos. Sua estreia literária
se dá ainda em 1915 nas revistas The Egoist e Poetry. Um ano depois, ela se muda para Nova Jersey e em seguida para Nova York, onde entra em contato
com vários artistas de vanguarda, especialmente os da revista Others; a
poesia de Moore logo passa a ser bem-quista entre Ezra Pound, William Carlos William,
T. S. Eliot, entre outros. É desse mesmo ano a publicação pelas mãos de Hilda
Doolittle (HD) do seu primeiro livro — Poems —, feita sem sua permissão.
Três anos depois sai Observations e abre-se uma obra vasta e premiada
com os principais galardões do seu país, fixando-a, definitivamente no quadro
das figuras mais importantes do modernismo estadunidense. Morreu a 5 de
fevereiro de 1972, em Nova York.
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